O artigo aborda particularidades da vida de Helen Keller (1880–1968), escritora, conferencista e ativista social norte-americana, sob a ótica do Paradigma Consciencial. Objetiva-se explorar a maneira singular com que essa personalidade delineou sua trajetória, em meio a adversidades somáticas, na condição de surdocega. Ademais, buscou-se analisar os aportes recebidos e os traços conscienciais, como forma de mensurar a consecução da proéxis. O artigo baseia-se em pesquisas de diferentes fontes bibliográficas, especialmente na autobiografia da personalidade em questão, além de bibliografia conscienciológica. Em síntese, conclui-se que a vontade, maior atributo da consciência, se destaca fortemente na biografia estudada, sendo determinante nas conquistas evolutivas da personalidade. Além disso, considera-se a hipótese de completismo existencial (compléxis). Por fim, destaca-se a importância da dinâmica interassistencial, caracterizando a policarmalidade em certo nível, e os propósitos intermissivos alinhados à proéxis, evidenciados em escolhas e priorizações feitas ao longo da vida.
A temática deste artigo é a hipótese heteroconscienciométrica da biografia de Anne Mansfield Sullivan (1866-1936), sua formação, origem, etnia, família, personalidade, atributos conscienciais, trafores, trafares, trafais, profissão, método de ensino e preceptoria dedicada à aluna e escritora Helen Keller. A análise conscienciométrica, foi desenvolvida a partir da pesquisa biográfica de Anne Sullivan e vivência da autora desde 1980, quando supervisionou a Escola Estadual Anne Sullivan, instituição de ensino e atendimento aos portadores de necessidades especiais, em Niterói, RJ. O interesse por esta área de estudo vem da investigação da Linguagem e sua origem na espécie humana. O Conscienciograma norteou a pesquisa biográfica. A conclusão a que esta autora chega é que Anne Sullivan foi incompletista, devido às doenças adquiridas posteriormente, demonstrando falta de lucidez quanto à importância do soma para concretude da proéxis.